Querida Helena,
Ver-te não é como ver qualquer pessoa, é ver-me pelos teus olhos.
O que vivemos foi demasiado belo para que nos arrisquemos a perdê-lo na indiferença.
É assim preciso a coragem que torne o nosso afastamento tão belo como o nosso encontro.
Só o silêncio nos poderá agora ajudar.
Ver-te não é como ver qualquer pessoa, é ver-me pelos teus olhos.
O que vivemos foi demasiado belo para que nos arrisquemos a perdê-lo na indiferença.
É assim preciso a coragem que torne o nosso afastamento tão belo como o nosso encontro.
Só o silêncio nos poderá agora ajudar.
O silêncio preservar-nos-á dentro de nós, no sítio onde nos encontrámos e onde continuaremos juntos, muito quietos, a olhar-nos fixamente nos olhos.
Nós não, mas as nossas almas saberão de nós.
Carta de Pedro Paixão a Helena d'Água em Lisboa, 17 de fevereiro 1986
Fotografia: Robert Doisneau
Ouve-se: Jose Carreras - Memories
Um comentário:
Só te falta ter um Pedro porque metade de Ti, está comigo aqui em Lisboa :)
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