sábado, julho 28, 2012


Quis a tua nudez.
Não quis que te despisses.





"E o pior é pensar onde havemos de arranjar forças para no dia seguinte continuar a fazer o que fizemos na véspera e ainda em tantos outros dias já passados, onde encontraremos forças para tantas diligências imbecis, para mil e um projectos que não conduzem a nada, para as tentativas de vencer uma acabrunhante necessidade, tentativas que acabam sempre por abortar, e tudo isso para nos capacitarmos uma vez mais de que o destino é imutável e que o melhor é conformarmo-nos em ter de cair todas as noites da muralha abaixo, sob a angústia desse dia seguinte, sempre mais instável e sórdido."


 Fotografia: Eduardo Gageiro



segunda-feira, julho 23, 2012


O amor é sempre uma longa história. 

Fotografia: Jean-Baptiste Mondino 

quinta-feira, julho 12, 2012

"O tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens!"

Fotografia: Craig McDean
Ouve-se: Rui Veloso 

segunda-feira, julho 09, 2012



"Descobri que a minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prémio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza.
Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reacção contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir a minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio.
Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.”
Gabriel Garcia Marquez (Memórias de Minhas Putas Tristes)
Fotografia: Vincent Peters

quinta-feira, julho 05, 2012


"Já alguém sentiu a loucura vestir de repente o nosso corpo? (...)" 

 Almada Negreiros (reconhecimento à loucura)
Fotografia: Vincent Peters



segunda-feira, julho 02, 2012

Dou por mim a pensar em como há pessoas que morrem duas vezes: primeiro de tristeza e só (muito) depois de doença.

Fotografia: retirada da Internet