sábado, dezembro 22, 2007


O que somos, talvez não esteja tão relacionado com o que fazemos,
mas mais com o que somos capazes de fazer quando menos esperamos

quarta-feira, novembro 28, 2007


Hoje gostaria de Me sentir importante!

Só hoje, gostaria que alguém,

consciente ou inconscientemente,

nas suas escolhas,

grandes ou pequenas,

se lembrasse de Mim.

sábado, novembro 10, 2007


O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,

Nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,

As paixões violentas por coisa nenhuma,

Os amores intensos por o suposto alguém.

Essas coisas todas -

Essas e o que faz falta nelas eternamente -;

Tudo isso faz um cansaço,

Este cansaço,

Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,

Há sem dúvida quem deseje o impossível,

Há sem dúvida quem não queira nada -

Três tipos de idealistas,

E eu nenhum deles:

Porque eu amo infinitamente o finito,

Porque eu desejo impossivelmente o possível,

Porque eu quero tudo,

Ou um pouco mais, se puder ser,

Ou até se não puder ser...

E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,

Para eles o sonho sonhado ou vivido,

Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...

Para mim só um grande, um profundo,

E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,

Um supremíssimo cansaço.

Íssimo, íssimo. íssimo,

Cansaço...

Álvaro de Campos

sexta-feira, novembro 09, 2007

Imagina

Alguém te venda os olhos

e te conduz a um local que desconheces...

Quando chegas, ouves uma música

que se confunde com o aroma das velas que ardem.

A temperatura é agradável, acolhedora.

Esse alguém tira-te a roupa, devagar como a música manda.

Depois deita-te sobre uma cama

- e sempre de venda posta –

Derrama um óleo um pouco mais frio que te arrepia.
Quase que consegues ouvir os gritos dos pavios que ardem com vontade.
Um par de mãos espalha com delicadeza o óleo que escorre devagar pelas tuas costas. Com os polegares vai pressionado os músculos que ladeiam a coluna vertebral. E isso arrepia-te.
Depois, com os nós dos dedos, começa a pressionar os lombares até chegar à fronteira do pescoço. Aqui, as mãos envolvem-te os ombros e massajam-nos com mais de força. Sentes um misto de relaxamento e dor...

Uma pausa.

A venda. A música. As velas. O mesmo arrepio, agora nas pernas.
Primeiro, o espalhar do óleo, depois o massajar dos músculos. Ora com mais força, quase a apertar, ora mais devagar... a relaxar. Os dedos que se estendem e passam no limiar de zonas proibidas. A respiração que pára nesses momentos. As mãos que escorregam e se afastam para outras zonas. A respiração que retoma o seu ritmo normal. De novo os dedos. As mãos. Perto, muito perto. A respiração que pára e que acelera. Os dedos. As mãos. Estão ali tão perto.... A venda que não deixa ver. A respiração que atrapalha. As velas a arder com mais vontade. A música a subir de intensidade. Calor, muito calor. Tanto calor. Gelo. Um cubo de gelo que te toca levemente o pescoço. Contorces-te num arrepio. A pele parece querer saltar. Outro toque sobre a coluna e o gelo começa a derreter. O calor que o derrete. O gelo.

O calor que já não atrapalha. O perfume do corpo da pessoa que te massaja, começa a espalhar-se pela sala. Consegues senti-lo. E perturba-te. A venda, a maldita venda que não te deixa ver as mãos que te percorrem o corpo, iluminado pelas velas.

Outra pausa, agora maior. Sentes sopros contínuos. O gemido mudo das velas a adormecer. A música que se cala. O silêncio. O relaxamento. Novamente o silêncio. Consegues ouvi-lo, cheirá-lo, senti-lo. Mas não o podes ver, porque a venda não deixa.

Sentes o silêncio da ausência…

Consegues Imaginar?


sábado, outubro 20, 2007


O Senhor importa-se

que eu lhe conte

a história da minha vida?

quarta-feira, agosto 15, 2007


«Porque será que estamos condenados a ser assim tão solitários?
Qual a razão de tudo isto?
Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, todos irremediavelmente afastados.
Porquê?
Continuará a Terra a girar unicamente para alimentar a solidão dos homens?»
Haruki Murakami - Sputnik Meu Amor

segunda-feira, julho 23, 2007



As histórias que nos contam podem magoar-nos tanto como aquelas que vivemos

sábado, julho 07, 2007


Sobre uma bala dirijo-me ao meu Deus. Gostaria de lhe dizer que estou no inferno e que grito todos os dias, talvez porque viva apenas com a esperança de alguém me olhar.
Não durmo, não consigo tirar tempo ao que me resta para conhecer os meus pensamentos. Desejaria rezar para sobreviver, mas sei que não basta fechar os olhos para fugir à própria tragédia. Afinal estou morto de mais para poder morrer...
Morri no instante em que pensei ter começado a viver, prque não era possível continuar vazio por dentro.

Daniel Sampaio - Lições do abismo

quarta-feira, junho 27, 2007

E já passaram 29 anos...

terça-feira, junho 19, 2007

Não me contes o fim...

sábado, junho 09, 2007



perdoa-me se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo

quinta-feira, maio 31, 2007



Amanhã pensarei em tudo!
Nos problemas, nos dilemas
Nas dificuldades
contrariedades
Nos contratempos
aborrecimentos
Nos estorvos e obstáculos.
E convicta tomarei resoluções,
E encontrarei soluções
E saídas geniais,
De becos que não têm saída.
E serei corajosa, guerreira,
Combativa,
Imbatível na coragem e na vontade.
Mas...
Hoje não...


Encandescente

quarta-feira, maio 30, 2007



«Tinham uma vaga impressão de feridas húmidas por todo o corpo. Doía-lhes qualquer coisa que por enquanto não sabiam nomear. E o que doía tinha um rosto, ou continha um gesto, um perfume, evocava um corpo ou um lugar.
Mas era-lhes difícil separar os acontecimentos uns dos outros, os rostos das palavras, os corpos dos lugares. (...)
Talvez, que os rostos e os lugares fossem uma e a mesma coisa, ou afinal, só tivessem existido na imaginação de cada um.
Talvez, o que lhes doesse fosse a memória dos seus próprios corpos e, para não se deixarem morrer, outros corpos fossem incendiados nessa mesma dor.»

Al Berto, excerto de "O Medo"

quarta-feira, maio 09, 2007

Tudo o que importa não está aqui...

sexta-feira, abril 13, 2007



Quero saber o que vais fazer quando gastares o verbo gostar...

quinta-feira, abril 12, 2007

Insistia em procurar o arco-iris depois da tempestade e por isso procurava as tempestades.
Nunca chegou a encontrar o arco-iris que procurava mas não teve dificuldades em as tempestades. Por dentro passou a sentri-se a própria tempestade, por fora o arco-iris enfeitava-a.
Um dia esqueceu-se que era o arco-iris que tentava encontrar e passou a procurar apenas as tempestades.
Sentiu-se melhor, agora encontrava sempre o que procurava.
Oldmirror

quinta-feira, abril 05, 2007

Queria que estivesses aqui...

segunda-feira, abril 02, 2007




As pessoas ficam juntas pelas razões erradas...
Para esquecer outras pessoas,
Para mudar de vida,
Porque acham que chegou a altura de fazer o que todos esperam que se faça: casar e ter filhos
Raramente se unem de uma forma pura e verdadeira, por Amor.

quinta-feira, março 08, 2007


You think I'd leave your side?
You know me better than that
Think I'd leave you down when you're down on your knees?
I wouldn't do that.
I'll tell you the right when you want...
I'll, I'll find the wound, if only you could sink into me...
when you´re cold I'll be there, hold you tight to me
When you´re on the outside baby and you can't get in
I will show you, you're so much better than you know
When you're lost, when you're alone and you can't get backagain
I will find you darling and I'll bring you home
And if you want to cry I am here to dry your eyes,
In no time you'll be fine.....
You think I'd leave your side?
You know me better than that.
Think I'd leave you down when you're down on your knees?
I wouldn't do that
I'll tell you the right when you want...
I'll, I'll find the wound, If only you could sink into me....
when you´re cold I'll be there to hold you tight to me, to me.
when you´re alone I'll be there by your side
when you´re alone I'll be there by your side.

Sade- By your side

domingo, fevereiro 11, 2007


Mesmo na vitória há um pouco de fim, porque toda a vitória é efémera e não volta.

Já que não sei amar, que o aprenda.
Já que não sei viver, que o aprenda.
Aprender é ficar a saber que o que foi é,
E o que é assim será

Muitas vezes pensei em deixar as palavras, porque as palavras são imprecisas. Não sabem dizer. São toscas, pouco nítidas, entregues ao mal entendido.



Só te vi duas vezes.

Apanhaste-me desprevenido.

Foram os teus olhos ou o teu sorriso?

Disseste-me que nada fazias,

Que nada pretendias fazer, que tudo seria inútil.

Que gostarias de trazer um pouco de felicidade

a alguém e não sabias como nem a quem.

Pedro Paixão in «Ladrão de Fogo»


Às vezes é preciso aprender a perder,
a ouvir e não responder,
a falar sem nada dizer,
a esconder o que mais queremos mostrar,
a dar sem receber,
sem cobrar, sem reclamar.
Às vezes, é preciso respirar fundo
e esperar que o tempo nos indique
o momento certo para falar e então alinhar as ideias...
Margarida Rebelo Pinto

SE EU FOSSE...

Se eu fosse um mês, eu seria:.Maio
Se eu fosse um dia da semana: Sexta-Feira
Se eu fosse uma hora do dia: Provavelmente 01h00m
Se eu fosse um planeta ou astro: Lua
Se eu fosse um móvel: Chaise Long
Se eu fosse um pecado: Vaidade
Se eu fosse uma fruta:Pessego
Se eu fosse uma flor: Malmequer
Se eu fosse um clima: Quente

Se eu fosse um instrumento musical: Piano!
Se eu fosse um elemento: Água
Se eu fosse uma cor: Branco
Se eu fosse um bicho: Cavalo
Se eu fosse um som: Gargalhada
Se eu fosse um estilo musical: Jazz
Se eu fosse um sentimento: Felicidade
Se eu fosse um lugar: Um cais
Se eu fosse um gosto: Chocolate
Se eu fosse um cheiro: Mar
Se eu fosse uma palavra: Paradoxal

Se eu fosse um verbo: Sentir
Se eu fosse uma parte do corpo: Olhos
Se eu fosse uma expressão facial: Sorriso
Se eu fosse uma forma: Pirâmide
Se eu fosse um número: 8
Se eu fosse uma estação: Primavera
Se eu fosse uma frase: "O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você" Mário Quintana

sábado, fevereiro 10, 2007


Ninguém me agarra e diz:
“Quero-te como não é possível querer mais alguém. Leva-me contigo. Ou então eu levo-te comigo.” Não.
Tocam-me mas ninguém me agarra.
Querem só tocar. Batem nos vidros, riem-se e eu rio-me.
E depois partem.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Querer um homem em vez de todos os outros homens,
uma mulher em vez de todas as outras mulheres
é fazer a escolha mais impossível e bela.